quinta-feira, 12 de julho de 2007

Lagoa

Perambulam os meninos
Pela serra à toa
Voa o tempo, voa
E as suas frentes
Surge magnânima, a lagoa
De água barrenta, amarelada
Desse inverno, desceu
De todas as ruas, por enxurrada
Um galho de mato, cabide
Meninos nus neste arrabalde
Saltam graciosos ao relento
Não há vergonha, ah!, tempos!
Mais acima pessoas passam
Muitas braçadas, pedra a outra
Molecadas
Vão se embora os meninos,
Água assenta, quase cristalina
Adormece o sol no horizonte
Amanhã, sim!, amanhã
De bundas ardentes
Voltam os meninos

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