No meio da serra a gameleira
Numa 'broca' de pedra a toca
Cheia d'água na época do inverno
A toca da gameleira o ponto de encontro
O mais corajoso no alto ia
De lá, pular pro fundo da toca
Os galhos da gameleira do peso pendiam
Daquela quantidade de meninos
Na beirada outros se encontravam
Morada dos mais precavidos
Incentivos de longe, aos gritos
Pula! Pula! De flecha que é que tem graça
Horas passavam, a fome, esquecia
Em casa mães deveras preocupadas
Braçadas de um lado para o outro
Algo a ser não lembrado, ah!, as palmadas
O sol no poente anunciava
Um vento frio já se sentia
É noitinha, tinha que ir pra casa
Pele fubazenta, cabelo duro, boas risadas
Um salto de uma pedra a outra, às vezes caía
Eram só alegrias, planos de voltar no outro dia
Nem as palmadas que iriam arder as bundas
Desistir, nem por um momento, se cogitava
Toca da gameleira que ficava
A cada inverno transbordando
De água por todos os lados e
De meninos, e... suas traquinadas
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