segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Águas do sertão II

A água tão escassa
No barreirão água salobra
O trabalho é árduo para buscar
Desta água não se bebe

Água de beber tem que comprar
Medida na lata ou no litro
Nas casas que tem tanque
Todos feitos de cimento

Água custa caro no verão
A concorrência é pouca
Dona Lelinda e Dona Lizinha
São as vizinhas mais perto

Seu Cantídio tá mais barato
Muito longe, é um cansaço
Dona Virgínia também tem
Só que pingo no chão é um sermão

Tem Dona Moroca mais acima
Na rua debaixo Seu Arsênio
Quem tem tanque em casa
Quer sempre ganhar uns trocados

Outros ainda podem se contar
Dona Lita, Seu Nego, baita sufoco
Água que dá vida ao homem
Labuta sertaneja cotidiana

Um comentário:

Biscuit e Roupas disse...

E ai chefinho, gostei de saber que vc tem um blog, assim não perderemos o contato.
Quando estiver com poemas suficientes, publique um livro!Eu vou comprar e dar de presente ao meu pai.
bjos
FELIZ NATAL!