quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mulheres da rua

Na ponta da rua
Dia de feira era uma festa
Gente de todos os cantos
Começava bem cedo, a guerra
Muitos quartos, uma quizumba
Mulheres pintadas dos pés à cara
De roupas berrantes, em partes
Fazia alegria dos mais bonitos
E para os mais feios uma felicidade
Não havia separação entre pobres e ricos
Qualquer um, era bem atendido
Tinha as estrelas, as mais solicitadas
Mas a hierarquia era rígida e cara
Aos mais velhos a preferência
Aos mais novos a paciência
Às vezes brigas ocorriam
Risca faca, era a arma
Os polícias logo apareciam
Banhavam as mulheres
Não tinham tempo
Era Sábado, feira
Conta do recado, obrigadas a dar
Pois o dono do ambiente podia expulsar
Era assim dia de feira,
Até raiar o outro dia
Caras dos homens de tanta euforia
Luta diária, vai retornar
Para na próxima feira
Com as mulheres rameiras
Voltar a deitar
Na ponta da rua

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